sábado, 11 de julho de 2009

Dedicatória

“É acima de tudo importante que tenhamos um coração caloroso. Enquanto fazemos parte da sociedade humana, é muito importante sermos bondosos com um coração afectuoso.”
“Todos somos iguais no aspecto em que desejamos ser felizes e queremos superar o sofrimento, e eu acredito que todos partilhamos o direito a realizar esta aspiração.” Dalai Lama – Central Park, Nova Iorque, 1999

Também eu acredito que todos temos o direito à felicidade e que esta se encontra especialmente dentro de cada um de nós. Contudo, não podemos esquecer que o ser humano é um ser social e que não devemos causar a infelicidade a ninguém com o intuito de conseguir a nossa. Porém, acredito igualmente que ninguém será feliz completamente sozinho, se isso assim fosse então qual seria o sentido da vida em sociedade?
Se acreditas no amor, pelo menos em sentido lato, acredita que a maior prova desse amor é libertarmos o ser amado. É claro que ninguém pode dar-nos aquilo que já é nosso, ou seja, a liberdade, mas ir embora é certamente um acto de amor. Não te posso dar maior prenda, nem mais valiosa. Vou-me embora para seres feliz e se precisares de mim, certamente saberás onde encontrar-me.
Independendemente da utilização dos pronomes possessivos que tanto odeias (mas que feliz ou infelizmente fazem parte da nossa língua), serei sempre a tua mulher e tu serás sempre o meu homem. Unem-nos laços que ninguém, nem o tempo podem apagar. A nossa relação não acaba aqui, como não acabam os dias e as noites, ou os ciclos da natureza. O nosso encontro não foi um acaso, o nosso reencontro não foi um acaso. Ambos não fizeram parte dos nossos planos, foram (parafraseando a Alexandra Solnado) simplesmente os planos que a vida tinha para nós. E isto é muito forte, não termina como uma brisa de Verão...
Todos somos diamantes por lapidar. A vida, as experiências, as relações humanas vão ajudando a limar algumas arestas, outras estão por nossa conta e risco. É este aspecto evolutivo que nos distingue dos demais animais, é a nossa capacidade de fazer escolhas e de voltar a fazê-las, até encontrarmos o nosso caminho.
Tenho a consciência tranquila, tentei e voltaria a tentar. E se não for nesta vida, noutra será, mas o diamante que sou, um dia perfeito será e alcançará a luz.
Desta reprise da nossa relação a única coisa que lamento é não te ter dado o filho que prometi e que eu tanto queria, mas se nos voltarmos a encontrar (noutra vida!) lembra-me que o nome que escolhemos foi Francisco David, pois a minha memória já não é muito boa e nada me garante que na próxima reencarnação seja melhor!

Sê feliz! E não te aborreças por fazeres anos. Cada ano que passa é uma vitória sobre a vida, é mais um conjunto de experiências que fica, é sempre uma batalha ganha.

(30/10/03)

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